quarta-feira, 21 de maio de 2014

Festival de Curtas-metragens ENTRETODOS recebe vídeos com a temática direitos humanos


Inscrições abertas: Festival de Curtas-metragens ENTRETODOS recebe vídeos com a temática direitos humanos

A 7ª edição do Festival de Curtas-Metragens em Direitos Humanos ENTRETODOS receberá inscrições, até 15 de julho, de produções amadoras ou profissionais como documentário, ficção, experimental ou animação que abordem o tema direitos humanos. A captação pode ser em qualquer formato, incluindo vídeos feitos com celulares e câmeras digitais. A duração máxima é de 25 minutos e deve ser falado ou legendado em português.

Os trabalhos selecionados serão exibidos na Mostra Competitiva com o tema ‘Cidadania Cultural’ e concorrerão nas categorias Melhor Curta-Metragem, Melhor Roteiro, Prêmio Cidadania Cultural, Prêmio Visão Social e Prêmio de Educação em Direitos Humanos, escolhidos pelo Júri Oficial da Mostra, além do Prêmio de Melhor Curta-Metragem escolhido pelo público.

Ao longo do ano serão feitas atividades diversas como mostras, debates, cineclubes, formações para reforçar o assunto direitos humanos. A programação será gratuita e em toda a cidade. Ainda estão previstas atividades itinerantes para levar a mostra ou parte dela a outras cidades brasileiras.

O ENTRETODOS ocorre anualmente na cidade de São Paulo e é realizado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), por meio da Coordenação de Educação em Direitos Humanos e pela Secretaria Municipal de Cultura (SMC) com o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME). O Festival se propõe a fomentar  a construção educativa da cultura de direitos humanos e estimular a produção audiovisual sobre o tema.

Mais informações e inscrição, clique aqui.

Edital na íntegra publicado no Diário Oficial da Cidade aqui.

Reproduzido de Periferia em Movimento
19 mai 2014

domingo, 18 de maio de 2014

“Constelações”, o novo livro de Severino Antônio


“Constelações”, o novo livro de Severino Antônio

É com a conhecida delicadeza no uso das palavras de seu escritor que o livro “Constelações” dá espaço e voz às crianças, apresentando, por meio de textos e pequenos poemas, a experiência da escuta poética de Severino Antônio com os pequenos.

“A matriz criadora deste livro é precisamente a conversa com as crianças, o acolher a escuta poética que elas fazem. Contrariamente à etimologia da palavra infante, a infância tem voz e precisa ser ouvida.” Assim como Severino escreve na introdução do livro, as 72 páginas de “Constelações“ trazem a reflexão da criança como sujeito, “sujeito ativo e criador de conhecimento e de vida. Sujeito que precisa de diálogos para a educação de sua inteligência, de sua sensibilidade, de sua imaginação”, como afirma o escritor. O livro tem objetivo de conversar poeticamente com leitores de diferentes idades, de dialogar com eles suas experiências de escrever e reescrever o texto da sua existência.

“Os textos, expostos no livro, são impressionantes, parecem criados por grandes escritores, artistas, pensadores. Representam a capacidade de linguagem e de pensamento das crianças, de todas as crianças: não há vida que seja desprovida de sensibilidade, de inteligência, de imaginação. Infelizmente, essa capacidade vai sendo destruída ao longo da vida”, explica o escritor, que defende questões permanentes como não dissociar inteligência e sensibilidade, principalmente na educação das crianças; educar os adultos para que escutem as crianças e valorizem as perguntas filosóficas e imagens poéticas que elas criam; poetizar o pedagógico, para que não seja desfigurado o desejo de conhecer e a alegria de pensar.

A obra é dividida em duas partes. A primeira leva ao leitor textos criados com vozes e histórias de crianças, suas imagens poéticas, suas perguntas filosóficas e seus fazeres criadores. Já na segunda parte do livro uma constelação é formada com pedaços de poemas e outros pequenos poemas; são evocações e invocações com ressonâncias e correspondências. O livro constitui de uma poética de reencantamento do mundo, que concebe a poesia como raiz da linguagem e utopia da palavra.

“Constelações” é o segundo livro do escritor pelo selo Adonis e o primeiro da série “Amigos da poesia”, que reúne a publicação de grandes nomes e revelações da poesia nacional, dentre eles, Rubem Alves, Tarcísio Bregalda, Regis de Moraes, Carlos Rodrigues Brandão e Margareth Brandini Park.

Reproduzido de Azul celeste
12 mai 2014

Currículo Lattes do autor, clicando aqui.

Áudio de entrevista a Marilu Cabañas (Rede Brasil Atual) clicando aqui.


Educar é criação de sentido, formação humana. Essa é a concepção que atravessa as páginas deste livro, que traz uma breve constelação de experiências criativas a ser feitas com crianças, para desenvolver sua capacidade de linguagem e pensamento, de diálogo e convivência, e também para que possam se reconhecer e ser reconhecidas como autoras de palavras, de ideias, de imagens, de ritmos. 

Severino Antônio
Cursou Letras e, mais tarde, o Mestrado e o Doutorado em Educação. Faz quarenta anos que trabalha com ensino de Redação e Leitura, Literatura, Filosofia, e também com formação de professores. Tem ministrado palestras e cursos em muitos lugares do Brasil sobre a questão do desenvolvimento da capacidade de criação no escrever, no ler, no pensar. É professor do Programa de Mestrado em Educação Sociocomunitária Unisal-SP. 

Katia Tavares 
Graduada em Serviço Social e Mestre em Educação pela PUC-Campinas, professora, psicopedagoga, especialista na teoria e programa de desenvolvimento cognitivo e avaliação da aprendizagem, de Reuven Feuerstein, do Centro Internacional de Desenvolvimento do Potencial de Aprendizagem (ICELP), de Jerusalém, Israel. Tem formação em pedagogia Waldorf e fundamentação em Antroposofia; formação em Terapia Biográfica (cursando) e em Filosofia para crianças, de Matthew Lipman. Atualmente é professora no Colégio Drummond, em Lorena (SP), e psicopedagoga no Colégio Emílio Ribas, em Pindamonhangaba (SP). Ministra palestras sobre educação e desenvolvimento humano e áreas afins.

Reproduzido de Editora Adonis

Outras obras do autor:

"Uma pedagogia poética para as crianças" (Adonis, 2013)
"Uma nova escuta poética da educação e do conhecimento" (Paulus, 2009)
"A menina que aprendeu a ler nas lápides" ( Biscalchin, 2008)
"O visível e o invisível" (Verus, 2008)
"Poetizar o pedagógico" (Biscalchin, 2012)
"Escrever é desvendar o mundo" (21ª edição, Papirus, 2010)
"A Irmandade de todas as coisas - diálogo sobre Ética e Educação"(Ed. Diálogos do Ser, 2010)
"Novas Palavras" (FTD, 2011)
"A utopia da palavra" (Lucerna, 2002)
"Educação e Transdisciplinaridade" (Lucerna, 2002)



terça-feira, 13 de maio de 2014

Virada educação 2014: São Paulo


A Virada Educação é um evento sobre pontos de entusiasmo que já ocupam o centro de São Paulo, que também promoverá novas apropriações dos espaços da região, em direção à construção coletiva de uma comunidade mais conectada, que percebe o aprender e o ensinar espalhados por todos os lugares. A Virada será composta por múltiplos encontros em espaços ao redor da Praça Roosevelt, em quatro categorias:

Diálogos
Rodas de conversas para dialogar com profundidade sobre os desafios da educação brasileira.

Trilhas e oficinas
Trilhas que revelam um novo olhar para as relações com a cidade e seus moradores. Oficinas que promovem o aprendizado por meio de situações práticas e conectadas ao território.

Exibições
Exibições de filmes, peças teatrais, mostra de fotografias, música e muito mais.

Intervenções
Ações que deslocam o espaço, as pessoas e criam um movimento próprio. Uma efervescência de aproximações inesperadas com o espaço e as pessoas de maneira poética.

Confira a programação no Facebook ou no site.

Eu sou mais é a favor da ampliação do horário da Voz do Brasil


A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT) fechando o cerco para "flexibilizar" o horário da VOZ DO BRASIL, "convidando ao abaixo-assinado deles. Isso significa, literalmente, dar voz apenas à hegemonia e pensamento das empresas de comunicação dos poderosos.

Sou contra tal "flexibilização"! Muito pelo contrário, devera-se ampliar esse horário dentro da programação das concessionárias, com outro tipo de abordagem, inclusive abrindo espaço para A VOZ DA CRIANÇA DO BRASIL.

Leo Nogueira Paqonawta

Leia também:

"Moção de apoio à Voz do Brasil" (07/07/2011) e outros textos sobre a questão no Blog do Miro, clicando aquiali acolá.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Adriana Alves da Silva: A estética da infância no cinema (Tese de doutorado)

Adriana Alves da Silva, da Faculdade de Educação da Unicamp, fala sobre sua tese de doutorado "A estética da infância no cinema: poéticas e culturas infantis" no Programa "Fala, Doutor" no canal da UNIVESP TV. Entrevista a Rodrigo Simon.

Adriana busca criar um panorama da produção cinematográfica que trate de infância, classificando as produções em: filmes para crianças, filmes das crianças e filmes com crianças.



Universidade Estadual de Campinas
Faculdade de Educação

Tese
2014

Título: A estética da infância no cinema (The aesthetics of childhood on cinema)
Autora: Adriana Alves da Silva
Orientadora: Profa. Dra. Ana Lúcia Goulart de Faria

Resumo: A presente tese de doutorado apresenta os frutos de um processo de pesquisa e criação, buscando articular artes e ciências humanas. Em seu prólogo expõe brevemente o processo de construção do trabalho, destaca os capítulos, suas imagens, emaranhando as trajetórias da pesquisa e a minha de pesquisadora.

A tese está dividida em dois momentos, o primeiro que situa a pesquisa a partir da busca de um entrelaçamento de tempos distintos e complementares de minha trajetória pessoal e acadêmica, no intuito de construir uma linguagem autoral que permitiu criar uma exposição, na qual a forma e o conteúdo do meu tema: a estética da infância e a produção das culturas infantis vão sendo experimentadas entre a descrição narrativa, análise fílmica e as articulações teóricas e literárias.

No segundo momento proponho algumas reflexões sobre o cinema como linguagem audiovisual que permite pensar, criar e construir possibilidades estéticas de uma infância, enquanto tempo a ser inventado e construído na interface das experiências históricas do passado, do presente e do futuro, ou seja, cinemas e infâncias no plural, na diversidade e multiplicidade de pontos de vista. Entre os textos, abri interstícios visuais para potencializar as imagens que estão nas linhas e entrelinhas do texto escrito.

Muitos filmes foram evocados durante a pesquisa, como referências iniciais, busquei as relações entre infância, cinema e memória das Ditaduras Militares no Brasil e na América Latina, trazendo reflexões acerca de “A História Oficial” e “Infância Clandestina” (Argentina, 1985 e 2012 respectivamente), “Machuca” (Chile-Espanha, 2004), “A Culpa é do Fidel” (França, 2006), “O Labirinto do Fauno” e “A Espinha do Diabo” (Espanha-México, 2006, 2001 respectivamente) e “O ano em que meus pais saíram de férias” (Brasil, 2006); somando a estes no percurso, busquei a “criança estrangeira” em “Abril Despedaçado” (2001) e “Mutum”(2006), ambos produções brasileiras.

Neste caleidoscópio de imagens e palavras, buscando construir uma metodologia antropofágica e alquímica, entre outros trago como referências Walter Benjamim, Pier Paolo Pasolini, Andrei Tarkoviski, Fredric Jameson, Leandro Konder, Milton de Almeida. Crianças e infâncias no neo realismo do cinema italiano de Roberto Rosselini à pedagogia da infância e da maravilha de Loris Malaguzzi.

Encerro com um epílogo-experimento criativo, um desvio final para alimentar o pensamento acerca da totalidade desta tese e seu percurso metodológico de pesquisa e criação em educação, elegendo o cinema de autor, político, de poesia como referência. Cinema que constroi e descontroi infâncias, através de filmes para as crianças, filmes das crianças e com as crianças. Em todas as frentes a perspectiva foi e é de contribuir no processo histórico no presente, com as crianças e as culturas infantis que alimentam nossos sonhos e utopias de uma educação emancipatória, transgressora e libertária.

Palavras-chave: infâncias; cinema; estética, educação; culturas infantis.